Castelos de vinho - Arte e Gastronomia
"Ciente de que em cada garrafa existe uma alma, em cada gota uma história, e em cada gole uma emoção, pintei com "vinhos" esta coleção para mostrar as tintas coloridas desses mágicos e encantados castelos, produtores das melhores obras de arte já engarrafadas", declarou o artista sobre suas obras.
A gastronomia é uma arte que seduz, satisfaz e inspira tanto o paladar quanto a criatividade. O renomado artista plástico catarinense Juarez Machado, possui em seu acervo 22 gravuras e serigrafias sobre o universo do vinho , obras que foram criadas após suas visitas às vinícolas no interior da França.
O charme e a beleza dos Castelos de Vinho, na visão do artista plástico Juarez Machado, viraram exposição em 2012, na serra Catarinense. Essa exposição era um dos grandes desejos do artista que sempre quis ver suas obras expostas em um ambiente semelhante às vinícolas mais tradicionais do mundo.
A história de Juarez Machado com o vinho é antiga. Em parceria com a Villa Francioni, ele resolveu fazer esta homenagem à cidade natal, criando 7 telas que se tornaram os rótulos dos vinhos. são belíssimos rótulos. Além dos 7 rótulos, Juarez compôs 7 poemas que estão no contra-rórulo de cada garrafa.
O vinho também não deixa por menos. Um corte de Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Malbec, que passou 15 meses em barricas de carvalho. Um vinho bem escuro, potente, tânico, ótima acidez, muita fruta negra bem madura e toques de chocolate e café tostado. Nasceu para acompanhar uma bela carne, pratos condimentados ou mesmo queijos de sabor mais intenso.
Reconhecido internacionalmente pelo seu talento, Juarez Machado, possui diversas exposições internacionais na trajetória e há anos radicado em Paris, na França, afirma que “nasceu artista”. O joinvilense começou a pintar ainda quando criança.
Juarez Machado além de dedicar-se à pintura, é também escultor, desenhista, caricaturista, mímico, designer, cenógrafo, escritor, fotógrafo e ator. Passou sua infância em Joinville na companhia da mãe Leonora e de seu irmão Edson. Seu pai era caixeiro viajante, trabalho que o ausentava bastante.
Aos 14 anos, trabalhou em uma oficina gráfica, no setor de produções de rótulos de remédios, embalagens e cartazes para laboratórios. Nesse processo de criação, entre pincéis, tintas e papéis, um profissional estava sendo formado.
É reconhecido pelo breve surrealismo e por explorar suas obras com críticas sociais irreverentes, principalmente ao estilo de vida da burguesia.
O desenho é mais um processo interior, tem um estilo machadiano, é ele mesmo. Tudo de Juarez Machado é muito personalizado, e ele, muito teatral. Seus pincéis ficam dentro de vasos de lalique.
Realmente, Juarez Machado é um pintor um pouco diferenciado: ousado, alegre, extravagante e bom vivant! É um artista de peso e de conceito, com inúmeras exposições espalhadas pelo mundo. É o Brasil vivo, lá fora. Suas obras, inconfundíveis e ricas em detalhes, retratam bem nossa realidade.
Hoje, seus quadros estão presentes nas mãos dos melhores colecionadores do mundo. Desfruta de confortável situação e já é um dos nomes de prestígio da arte brasileira no exterior. Pinta óleo sobre tela e aquarelas. E seus desenhos são feitos com lápis crayon e caneta.
Ganhou o prêmio da 5ª Bienal de Arte da Itália, prêmio Cenários em Televisão, o prêmio “Barriga Verde” de Artes Plásticas de Santa Catarina, o prêmio Nakamori (Japão) pelo melhor livro infantil, entre outros.
Entre os sucessos de suas exposições, sua única reclamação é sobre o conservadorismo dos museus que, até hoje, não valorizam artistas do Novo Mundo provocando uma certa ausência de artistas da América do Sul.