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Como saber se seu azeite é extravirgem ou falsificado


Você é o que você come! Dica de como saber se seu azeite é realmente extravirgem

Cerca de 70% do azeite extravirgem vendidos em todo mundo são diluídos com outros óleos tornando-os uma grande fraude mundial. Isso é o que afirma o jornalista americano Tom Mueller, autor do livro Extra Virginity: The Sublime and Scandalous World of Olive Oil.


A história sagrada e o presente profano de uma substância há muito vista como a essência de saúde e civilização. Por milênios, o azeite de oliva fresco foi uma das necessidades vitais do homem não apenas como comida, mas também como medicamento, cosmético e elemento fundamental de rituais religiosos.



Pesquisadores continuam confirmando as propriedades incríveis e revigorantes do verdadeiro extravirgem, e o “extravirgem italiano” tornou-se o mais alto padrão de qualidade.


Mas e se esse símbolo de pureza foi profundamente corrompido?


Desde de um explosivo artigo em The New Yorker, Tom Mueller transformou-se no maior especialista mundial em azeite de oliva e em fraudes neste segmento – uma história de globalização, ilusões e crime na indústria alimentícia que vem de tempos remotos até os dias de hoje e uma poderosa acusação às leis atuais de proteção contra alimentos falsos e até mesmo tóxicos nos Estados Unidos.



Com uma narrativa rica e deliciosa de ser lida, Extravirgindade é também um relato inspirador de produtos artesanais, analistas químicos, chefs e ativistas da alimentação defendendo os extraordinários azeites que realmente merecem o nome “extravirgem”.


No livro, Mueller mostra como a indústria bilionária do azeite falsifica os produtos. De acordo com o jornalista, o lucro com a adulteração do azeite pode ser comparada ao tráfico da cocaína.


O seu azeite pode ser falso... Conforme o Conselho Internacional da Oliva, que supervisiona o mercado mundial de azeite, o Brasil foi o país que teve a segunda maior taxa de importação de azeite em 2011, perdendo só para Rússia.


Segundo Nelson Sakazaki, diretor técnico da Associação Brasileira dos Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira, 20% do azeite vendido no Brasil sofreu algum tipo de adulteração. E a fraude não permanece somente nos produtos. “Em muitos restaurantes, os proprietários misturam outras óleos diretamente na lata de azeite extra virgem e o consumidor, desavisado, não percebe”, diz Sakazaki.


Como reconhecer um genuíno azeite extra virgem?

É difícil afirmar se a marca de azeite que você está comprando é realmente extra virgem. Porém, existe uma dica que pode lhe dizer se o seu produto é real ou falso.


O azeite extra virgem solidifica quando está frio. Para realizar o teste, basta colocar um pouco de azeite dentro de um recipiente de vidro, e mantê-lo dentro do refrigerador por um prazo de 48 horas. Ao abrir a geladeira, verifique se o azeite está turvo ou endureceu. Qualquer óleo que não engrossar na geladeira, não é puro.



O ponto de fusão do azeite acontece na temperatura de 13-14° C, ou seja, com a redução da temperatura o azeite deverá solidificar e apresentar-se na forma pastosa.


Por fim, só nos resta confiar nos órgãos de fiscalização e no respeito das empresas com o consumidor.

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