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Estimular os sentidos com imagens de dar água na boca


Você é o que você come! Dica de como tirar fotos de dar água na boca

Meu site é de comida, mas adoro fotografia, e existem muitas técnicas para deixar fotos de alimentos muito mais gostosas. Como em sites de comida não há cheiro e nem barulho, apenas o apelo visual para dar o primeiro impacto, existem vários fatores a serem pensando, e sem dúvida a fotografia é o mais importante. Praticamente, é o único artifício para provocar, de imediato, quem lê.


Sou cozinheira e não fotógrafa, mas sou curiosa e o que sei sobre fotografia foi lendo, errando e acertando, pois nesta vida o saber se aprende com os mestres, mas a sabedoria, só com o corriqueiro da vida.


Não existe certo ou errado. Cada um tem o seu estilo e própria percepção de como a foto deve ser ou ficar. O correto é sempre buscar sensibilizar através do olhar, a percepção das texturas, consistências, da temperatura, suculência e sabor. O resultado devem ser imagens que atraem os olhos e dizem tudo sobre um produto, tornando-o desejável e gostoso de olhar e de provar.


Se você fotografa fotografias de alimentos para blogs ou sites, ou apenas para compartilhar com seus amigos de alimentos que geralmente são servidos para você em um restaurante ou em sua própria cozinha, aqui estão dicas que você pode utilizar em qualquer uma dessas situações.


Quando você estiver fotografando em um restaurante, seja educado com os garçons e colegas clientes. Atenha-se à luz disponível. Aumente o ISO se você precisar e fotografe em aberturas maiores. É aqui que uma lente rápida pode fazer toda a diferença em quão rapidamente você pode fotografar. Se você não gostar das imagens quando voltar para o seu computador, mas gosta do assunto, é provável que o prato ainda esteja no cardápio, portanto vá ao restaurante novamente.


D700 e lente AF-S VR Micro-NIKKOR 105mm f/2.8G IF-ED. Velocidade do obturador: 1/1250s; Exposição: Autoprogramado; Abertura: f/3.5; Sensibilidade: ISO 200; Fotometria: Matricial.

Só pra lembrar, o equipamento por si só não define a qualidade de uma fotografia. O resultado de uma foto é o olhar do fotógrafo registrado em uma máquina. Não adianta ter um equipamento top de linha e não ter percepção e sensibilidade.


Embora seja possível tirar fotos ótimas com qualquer câmera, facilita muito ter uma câmera com controles manuais e, preferencialmente, possibilidades de troca de lentes. Não é necessário ter nenhuma câmera específica para fazer fotos de comida.


Para criar aquele efeito magnífico de fundo desfocado graças à profundidade de campo é interessante ter uma lente clara, entre 1.8 e 2.8.


Uma lente bem barata e que faz milagres na hora de fotografar comida é a 50mm f/1.8. Você não vai precisar se aproximar tanto e a abertura vai possibilitar utilizar bastante iluminação ambiente, além de criar aquele desfoque que dá o charme.

ISO 100, 35mm, f/1.4, 1/30seg. produção: adriana pita

A iluminação mais fácil para fotografar comida é a luz que vem da janela. Você pode até investir em equipamentos de iluminação que te permitam fotografar à noite, mas a luz natural é a mais prática e fácil de lidar.

Use uma luz indireta de janela e sempre que possível posicione o alimento de forma que a janela fique na lateral. Esse posicionamento vai gerar uma luz suave e que dá profundidade à sua foto.

ISO 100, 35mm, f/1.4, 1/100seg. produção: letícia massula

Um tripé ajuda bastante, principalmente se você seguir usar luz natural. O tripé nos ajuda a fazer fotos nítidas, mesmo que seja necessário usar um tempo de exposição mais longo, e também nos ajuda a fazer o foco nos lugares certos.

ISO 800, 50mm, f/1.8, 1/400seg


Tente manter as configurações formatadas de forma que você consiga aproveitar a luz mas mantenha a nitidez, essencial nas fotos de comida.


ISO: Use o ISO mais baixo possível. Usar ISO alto faz sua imagem ficar mais granulada e com menos contraste.


Abertura: Controle a abertura para que seja possível manter uma profundidade de campo interessante. Se quiser deixar mais alimentos em foco feche um pouco, se quiser somente um pedacinho em foco deixe na máxima abertura da sua lente.


Tempo de exposição: de acordo com os dois itens acima calcule a velocidade necessária para uma exposição correta. Se for muito baixa (em média abaixo de 1/100, mas depende da distância focal) use um tripé.


ISO 800, 50mm, f/1.8, 1/3200seg

O grande segredo técnico para fotos de comida é a iluminação, evite flashes diretos ou uma luz muito dura. A luz da janela vinda de forma lateral é simples e à prova de erros, mas o maior segredo, mesmo, é a produção. Fotos de comida são 1% técnica de fotografia e 99% técnica de produção.


A composição de cena depende de muitos fatores. Será do prato pronto, do pré-preparo, de uma mesa posta, com cenário? Tem algum tema para ser seguido? É dia ou noite? Qual a ocasião? Composição é tudo. Já que o alimento no prato, tigela ou copo é a estrela da imagem, limite as distrações no plano de fundo. Usar uma lente rápida permitirá que você use a profundidade de campo rasa em seu favor, ao deixar o plano de fundo fora de foco. Assim como as pessoas pensam que têm um "lado melhor" para fotografar, os alimentos também têm. Gire o prato para que você possa ver qual lado é melhor para fotografar.


As melhores fotos são aquelas que são clicadas num ângulo diferente do que estamos acostumados a ver na vida real, por isso, não tenha medo de clicar 1 milhão de fotos até encontrar a imagem perfeita. Tente diversos ângulos, vire o prato, clique de cima, mude a composição.


D700 e lente AF-S VR Micro-NIKKOR 105mm f/2.8G IF-ED. Velocidade do obturador: 1/2000s; Exposição: Autoprogramado; Abertura: f/3; Sensibilidade: ISO 200; Fotometria: Matricial.

Normalmente eu gosto de colocar fotos para ilustrar minhas matérias e receitas com a intenção de instigar o leitor a cozinhar, o prato deve ser sempre valorizado.


Para que exista uma variedade entre as fotos, o básico para prestar atenção recai nos recipientes, fundo e composição da cena. Não precisa ser apenas porcelana ou vidro, fique atento para os plásticos também. Até aquele do sorvete de cor diferente. Essa percepção para saber o que combina com o quê vem com tempo (ou você já possui naturalmente). É um fator muito subjetivo, depende do gosto pessoal e a noção de beleza. A medida que vamos exercitando a fotografia, um refino na habilidade acontece. Sem falar nas influências de outros fotógrafos.


A vantagem da fotografia de alimentos é que não é necessário mobilizar uma grande área para fotografar (menos de 1/3 da sua mesa de jantar já será suficiente). Você precisa prestar atenção apenas na área que circunda o alimento. Preste atenção no que vai aparecer no fundo da foto. Dê preferência àparede branca, sem interferência ou objetos desnecessários que possam comprometer o resultado.


Todos os elementos presente na imagem, tanto a comida quanto o que está em torno tem que estar em harmonia ou você pode matar a foto e todo o trabalho também. Não creio que uma receita mexicana ficaria bacana sendo servida num ambiente oriental. Poderia ficar bonito, mas fora de contexto e de coerência estética.


Alguns alimentos ficam mais apetitosos se forem expostos de forma completa e outros se forem cortados em pedaços e colocados num prato/tigela. Para saber qual a melhor maneira, procure avaliar a aparência da comida e tentar descobrir em qual formato ela será valorizada (não há uma fórmula mágica, é preciso treinar o olhar). No início, se for um bolo, por exemplo, você pode primeiro tirar algumas fotos no formato inteiro e ver como que fica. E após isso, cortar um pedaço do bolo, colocar num prato e testar outros ângulos e combinações. Com o tempo, começa a ficar mais fácil prever a melhor opção.



Patricia Scarpin (Technicolor Kitchen)

Um certo fotógrafo famoso certa vez disse “apenas registro o que meus olhos veem”. Ele respondeu isso ao perguntarem sobre uso de lentes diferentes e outros artefatos para se conseguir uma boa foto. Ou seja, não importa quão high-tech for o seu equipamento se não tiver o olho treinado e conhecer o que tem a sua disposição.


Para quem gosta de fotografia e comida, o site Tastespotting é o mais porn food que existe. Estilos de todos os cantos do mundo, ocorre uma triagem no que é enviado para o site. Em tese, só é disponibilizado para os visitantes oque realmente é bom.


O "food porn" virou moda. Com detalhes e calorias explícitos, essas fotos de comida hipnotizam qualquer um. Fotógrafos especializados em comida enchem as redes sociais com imagens que dão vontade de morder a tela do celular.

Food Porn. Na tradução, “comida pornô”. Pode até rolar uma malícia no meio, mas o termo refere-se ao poder de sedução da comida. Sabe aquela foto com o chocolate derretendo em cima da sobremesa ou o molho barbecue escorrendo na costela de porco? É exatamente disso que o conceito se trata.


Não é fácil, no entanto, acertar o tom da foto. A fronteira entre o “caraca, que vontade de comer isso” e o “porra, que coisa nojenta” é tênue.


Deixar um alimento visualmente atraente para uma fotografia nem sempre é fácil. Para isso já existe no mercado um especialista, o FOOD STYLIST, também conhecido como produtor de culinária ou estilista de alimentos, assume, então uma importância vital para a fotografia ou o vídeo. Desde o estudo do preparo, consistência ideal para a imagem, características visuais, até a montagem, decoração e a manutenção da aparência pelo tempo necessário para a captação da imagem, tudo requer muito conhecimento e uma certa mágica.



Post dedicado a meu marido, fotografo, editor e produtor, com o qual eu sempre aprendo algo novo, que me inspira a criar, desenvolver e testar novas receitas, me faz crescer profissionalmente e pessoalmente e me transforma em uma pessoa melhor a cada dia.


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